Bordo sempre em pensamentos
Na adolescência aprendi a bordar na escola, e isso foi muito importante para mim. Eu fiz um caderno de pontos, que se transformavam em belos trabalhos. Infelizmente eu não guardei esse caderno, e quando me casei o deixei na casa da mamãe. E logo cada paninho bordado virou cueirinho de bonecas das minhas irmãs. Eu não pensei no valor sentimental que aqueles pontos teriam na minha vida.
E meus bordados ficaram somente em pensamentos, pois me vejo menina linda, bordando com prazer, aqueles riscos em paninho branco de murim ou de tergal. Cada bordado que fiz passa no filme da minha vida... E eu desejo voltar a bordar, mas esqueci quase todos os pontos. E também tem um porém, não posso sair de casa para comprar os materiais para bordar. Já até pedi a meu esposo para comprar, mas ele disse que não sabe. Mas agora vou tomar a vacina contra o covid e com cautela poderei ir comprar esses materiais e ficar feliz, trazendo de volta memórias dos meus 13 anos, idade que eu fiz meu álbum de bordado.
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Maria de Fátima Alves de Carvalho
Poetisa da Caatinga
Natal, 13.05.2021
Enviado por Maria de Fátima Alves de Carvalho em 31/05/2021
Alterado em 19/01/2023