Viver e conviver com a seca
A seca faz o sol arder na pele de qualquer ser vivo. E a paisagem cinzenta deixa os dias mais longos e difíceis de serem vividos, pois não há o que fazer frente um sol abrasador, que tudo consume e nos tortura com poeira e calor. Quem vive na seca aprende a ser forte para suportar e atravessar a miséria, os cenários de terror, de desencanto e sobretudo perceber as mazelas sociais que não desatam as estratégias de prevenção e convivência menos sofrida com a falta d’água, um fenômeno natural que existe no bioma Caatinga. Mesmo em tempos de grandes estiagens é possível amenizar o sofrimento do povo nordestino, com políticas de prevenção que serão acionadas quando a chuva não chega ou vem apenas por curto período.
Viver e saber conviver com a seca se faz necessário, mas para isso precisamos ter políticas preventivas, feitas por equipes multidisciplinares e não apenas medidas paliativas, quando o fenômeno vem. A seca é uma realidade, um fato concreto, que nos dias atuais já é possível pelas pesquisas avançadas prever sua chegada. Fato que alerta a criação das ações preventivas. E mesmo em uma terra seca, com o sol a queimar tudo, é possível se viver com dignidade, porque o povo pode e deve ter o direito de aprender a conviver com a seca. E os políticos em vez de esperarem a seca para decretarem calamidade pública, precisam colocar em ação projetos de prevenção, antes construídos para evitar parcialmente os danos causados pela seca.
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Fátima Alves- Poetisa da Caatinga
Natal,16.10.2013
Enviado por Maria de Fátima Alves de Carvalho em 16/10/2013
Alterado em 25/11/2013