Eterna construção...
Tudo ali estava lindo
E aparentemente normal
Havia pomar, jardim e fonte
Neste lugar em sonho estava
Quando de repente vi
Os botões e frutos secarem
As flores murcharem
As plantas morrerem
E a fonte secar
Não tinha mais brisa
E um calor abrasador
Me deixou toda queimada
De repente um furacão chegou
E me transformei em apenas cacos
Não havia mais paraíso
Tudo acabou!
Mas em um dos cacos estava minha alma
E dentro dela pulsava meu coração
Foi então que tentei juntar e colar
Todos os pedaços do meu ser...
E o sonho perdurou até eu entender
Que o antes era passado
Eu não podia mais ser o que era
Porque a vida
É um processo
De eterna construção e reconstrução
Até atingirmos o plano superior
De purificação final da alma...
Acordei para o mundo!
Entendi e continuei me reconstruindo...
Fátima Alves: Poetisa da Caatinga
Natal: 14.03.2013
Texto publicado no meu livro "Letras de Caatingueira"
Maria de Fátima Alves de Carvalho
Enviado por Maria de Fátima Alves de Carvalho em 14/03/2013
Alterado em 24/05/2018