Madrugada fria! E noite sem dormir...
Madrugada fria! E noite sem dormir...
É madrugada, fria e turbulenta em mim
Qualquer janela que abro da minha casa
Minha visão esbara em jardins
Adoro flores!
Moro num centro de um jardim
Nele tenho espécies raras e comuns
Mas sempre preferi as flores nativas
Essas do meu lugar, as da Caatinga...
Meu jardim é de todo mundo que puder vê-lo
Bem como souber também comtemplaá-lo...
Pois ele, é singelo demais!
Aqui em casa somos quatro amantes da natureza
Três Poetas e um biólogo ( meu filho)
Mas o jardim é Deus quem me manda fazer
E o meu marido( poeta) Me ajuda sempre
Somos afinados demais no cultivo de flores
E outra espécies... Também adoramos animais
E aqui se pode acordar
Mesmo numa selava de concreto
Com cantos dos pássaros, cheiro de natureza
E flores bailando ao vento!
Tudo é lindo! Lindo demais!
Mas agora meu mundo se tranformou
Para mim meu olhar, ficou preto e branco
Eu também adoro preto e branco!
Mas em fotografias!
Não queria que me mundo
Tivesse ficado assim para mim
Pois mesmo sofrendo!
Eu tinha prazer em plantar, esperar e me alegrar
Com todas as flores que chegassem em cada época
Mas agora ! Eu nem quero mais vê-las!
Porque sei falar com elas...
E elas choram quando minhas lágrimas
De dores caem sobre elas
Então para não ver minhas flores e animais tristes
Prefiro ficar deitada...
Esperando o fim de um começo que não sei quando virar...
Desejo que venha logo!
Pois Deus já me deu tudo que preciso para minha felicidade
E eu já a tive em todas as esferas humanas
Agora, só sinto dores! E uma vontade de parar meu tempo
Coisa de louca, sensível deprimida...
Porque meu tempo a DEUS pertence...
E eu nada sei sobre ele ...apenas o vivo!
Sei também que minhas inquietações, tristezas e dores
Só irão sair de mim quando Meu DEUS Permitir
E nem sei se ele vai permitir...
Porque no meu limitado pensar humano
Creio que Deus estar me lapidando para me levar de vez
Porque tudo que ele me deu...
A maioria eu não pedi... e nem sonhei..
Quase tudo veio a mim como dádiva!
Também não sei porque?
Mas agora sinto em minha alma o lapidar de Deus
E esse processo dói muito!
O dia já estar clareando
Estou escutando a beleza do canto dos pássaros!
E assim termina mais uma das minhas noites sem dormir
Mais uma noite de pensamentos bobos ou impossíveis...
E certamente, ali fora, centenas de flores de todas as cores
Irão desabrochar ao toque do Sol...
E me esperar para com elas conversar
Mas não posso!!! Estou tonta e quase me apagando...
Feito vela que vai morrer...
E enquanto isso!
Eu espero que um dos meus remédios
A essa indevida hora
Faça algum efeito e me permita dormir
Mesmos agora que a noite se despede
E o dia acabou de chegar!
Mas DEUS sabe que há muito tempo
Não posso ver o Sol nascer...
Porque sem dormir sinto-me angustiada
Então, me sentindo assim, escrevo, choro e durmo...
Porque minha angústia só quem sabe a dimensão dela
É o nosso Deus!
E também, só ele estar aqui dentro e fora de mim
A me proteger, assim, com fez com todos os seus seguidores
Principalmente, com O REI DAVI
Que tinha tudo! Mas Deus sempre
Lhe Deus muitas tristezas e dores
Então quem sou eu? Perante esse Deus que me gerou?
Uma Simples serva!!!
E no tempo certo...
Minhas dores haverão de passar...
E tudo que plantei servirá para alguém...
DEUS está comigo e não me importa
O tamanho da dor, ou dos meus Pecados
Só Deus sabe a profundeza da tristeza
Que vem me abatendo
Nesses últimos dias de minha vida
Mas, O SENHOR É MEU PASTOR!
E nada haverá de me faltar para que eu assim suporte
Qualquer tipo de provação... Porque Deus, meu Pai Celestial
Me suprirá de acordo com minhas necessidades!?
De acordo com sua vontade ... E não com a minha!
Porque Deus é fiel e soberano em qualquer situação.
Sei que sou dele. E meu ser pertence a seu rebanho
Ainda que meu corpo esteja fraco
E eu precise dos seus anjos para poder lhe acompanhar...
Deus Jeová sempre Haverá de ser, meu eterno e último lugar
De refúgio e repouso da minha alma...
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Fátima Alves! Poetisa da Caatinga
Natal/21.05.2012
Maria de Fátima Alves de Carvalho
Enviado por Maria de Fátima Alves de Carvalho em 21/05/2012
Alterado em 13/12/2016