Vou sempre escrever! Nem que seja rabiscos no pensamento...
Nunca deixarei de escrever...
Assim como vivo a respirar
E muitas vezes com dificuldades
Pois me falta oxigênio
E tenho que respirar forçado e pesado
Assim é meu ato de escrever
Pois a minha intenção
Não é escrever apenas o belo
É registrar meu viver
De acordo com cada momento
Que vou passando na vida
Tenho muitos dias longos
Sem Sol e sem Flores
Sem Sal e sem Açúcar
Sem Frio e sem Calor
Insípidos e cinzentos
Apenas com minha luz interior
Hoje quem dera !
Pudesse eu escrever
Textos alegres ou reflexivos
Como costumo fazer de rotina
Textos que alimentam a nossa alma
Mas não posso!
De repente minha vida muda
Da água para o vinho
E nisso muda também meus sentimentos
Todos murcham...
Me recolho em mim mesma
E fico aquecida pela chama do amor
Quando estou assim...
Nem sei quem sou !
Apenas pulso e vivo...
E mesmo nesse estado escrevo
Ainda que seja rabiscos no pensamento...
Que nunca alguém chegará a ler.
Fátima Alves/ Poetisa da Caatinga
Natal/18/05/2012
Maria de Fátima Alves de Carvalho
Enviado por Maria de Fátima Alves de Carvalho em 18/05/2012