Fátima Alves-Alma sensível e Poetisa da Caatinga

Poesias e prosas(sentimentos à flor da pele)

Textos


O que seria minha vida? Sem as vidas da minha vida?

O que é viver do ponto de vista Humano?
           Essa pergunta não tem uma resposta, mas nos leva a muitas reflexões, sobre o ato de viver, inclusive nos leva a perceber que cada pessoa tem um jeito único de viver. Mesmo a gente estando debaixo do mesmo teto, bem como, sendo da mesma família. Sendo assim, o que é viver, do vista humano, fica aberto para qualquer tipo de resposta, pois o sentir da nossa vida, é completamente subjetivo, porque cada alma sente sua vida de forma única.

Mas quero refletir sobre minha primeira pergunta...

 
O que seria de mim sem o Deus que me criou?
             Se por acaso eu mesmo sem querer,  não  deixasse  DEUS habitar meu coração... Será que minha alma seria feliz mesmo na dor? Impossível para mim. Eu morreria com uma simples picada de um espinho das minhas flores, de tão sensível que sou.

E sem minha família de sangue, como seria minha vida?
         Eu sei que viveria, podendo até ser feliz, pois Deus me sustentaria, porém, por mais bem tratada que eu fosse, jamais sairia de mim, o ardente desejo e sonho de querer conhecer e estar também, entre aquelas minhas raízes...Afinal, toda vida para se constituir  de forma saudável, precisa saber pelo menos um pouco, da história dos seus ancestrais.
 
E as vidas que não são humanas?
           Será que eu viveria sem meus animais de estimação? Sem conversar com eles, sem sentir sorrisos e alegrias, pois, talvez eu seja louca e também sana, mas para mim, os animais falam e alguns dos meus cães sorriem socialmente para mim. Digo socialmente, porque sorriem mesmo! E sei que é em resposta a meus estímulos. E todos os meus cães choram, basta que eu fique triste, doente, ou chore. Todos vêm me lamber, me agradar e chorar. Há um bem-te-vi, que vem me escutar, basta eu lhes chamar. E este fica quieto como se me ouvisse... Aí canta lindo e fica todo vaidoso, voando de planta em planta no jardim. E nessa hora penso que com ele estou conversando.

E as roseiras com suas  flores com quem também converso?
Poderia eu viver sem elas?
           Não! com certeza não. Só se eu fosse Cigana, ou outro tipo de gente Nômade e não tivesse um lugar certo para ficar, pois sendo assim, conversaria com toda a natureza por onde meu povo acampasse, meu jardim, estaria em qualquer lugar por onde eu fosse, inclusive em muitas partes de beiras de estradas, porque sempre vejo flores diversas enfeitando nossos caminhos, inclusive tenho a mania de as fotografa-las, porque elas enchem minha alma de ternura e beleza.

          E para concluir! Eu não sei viver sem as vidas da minha vida, porém, Deus vai me ensinando sempre que por acaso vou perdendo algumas delas...
***
Maria de Fátima Alves de Carvalho / Poetisa da Caatinga
Natal,05.05.2012
Texto Publicado  no meu 5º livro "Palavras de Luz..."
Maria de Fátima Alves de Carvalho
Enviado por Maria de Fátima Alves de Carvalho em 05/05/2012
Alterado em 08/06/2020
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