Ser sensível, é ser louco?
Um sentir mais que sentido
Toma conta do ser
E não sei o que fazer
Nesse sentir dolorido
É sentir que nasce em mim
Mas não sei se ele é meu
E se for eu não o quero
Mas Não sei como espantá-lo
É angustia que me traga
Me levando as energias
Deixando em mim agonias
Há sufoco no meu peito
Vontade de só dormir
Não consigo mais ficar
Onde muita gente estar
Não é medo! Não é pânico!
É meu ser que agoniza
E só Deus é quem me entende
De solidão eu preciso...
Pra conversar feito louca
Porque assim já me chamam
Mas isso já não suporto
Tenho direito de ser
O que simplesmente sou
Pois não converso sozinha
Converso com a natureza
E entendo seu “silêncio”
Depois fico só comigo
Pensando e escrevendo
Linguagens que compreendo
Mas que ninguém me entende
E na solidão que desejo
Eu quero voar pro além
Do ponto mais distante
Das mais distantes galáxias
Em busca de encontrar
Um planeta paraíso
Onde os seus habitantes
Ainda que não me entendam
Aceitem me abrigar...
Fátima Alves/Poetisa da Caatinga
Natal/01/03/2012
Maria de Fátima Alves de Carvalho
Enviado por Maria de Fátima Alves de Carvalho em 01/03/2012
Alterado em 08/04/2012