Fátima Alves-Alma sensível e Poetisa da Caatinga

Poesias e prosas(sentimentos à flor da pele)

Textos


O planeta pede Socorro!!! E só nós humanos podemos salvá-la...
É hora de me reconhecerem como Mãe de todas as vidas.
A missão antro-poética-política do milênio, é trabalhar práticas conscientes e saudáveis, que mesmo nas diversidades culturais, possam ser construídas, a “unidade planetária”. É urgente, a necessidade de entendermos que a terra é “ A NOSSA MÃE PÁTRIA”, pois nós moramos num mesmo planeta, e tudo o que usamos é retirado dele. Esse planeta é vivo , e interage com sua biosfera e com todo o seu sistema planetário. Porém, só na Mãe terra (Gaia) podemos de fato morar. Aqui ressaltamos, o que diz Morin ((2005) :

 
 
“A missão antropo-ética-política do milênio é realizar a unidade planetária na diversidade.
Cabe-lhe vencer a impotência da humanidade para constituir-se como comunidade, de onde a necessidade de uma política de humanidade.
Deve civilizar a Terra ameaçada pela explosão de antigas barbáries e pela generalização da nova barbárie gelada da dominação pelo cálculo tecnoeconômico, de onde a necessidade de uma política de civilização.
Tem de regular os quatro motores descontrolados que impulsionam a nave espacial Terra rumo ao abismo:

ciência —> técnica —> economia —> lucro “

 
 
          Frente a uma degradação visível a todos os humanos, a qual estar afetando os ecossistemas que interagem em unidade no planeta, e a gente antes de desenvolver esse olhar aguçado e consciente, acha que tudo vai se recompor, destrói sem sentimento de culpa ou dor. Porque ainda estamos alienados, e agindo no princípio de egocentrismo, sem sair dele para uma visão altruísta. Nem sequer pensamos nas gerações após a nossa, mesmo sendo elas nossas descendentes. E se não pensamos em nossa espécie, imagina, se vamos pensar nos outros animais, bem como nos seus ecossistemas.

 
             Mediante minha sensibilidade para com qualquer lugar deste planeta, principalmente a caatinga, o bioma onde nasci e onde vive meu povo. Me preocupo mais ainda, pois lá, caminha de forma muita lenta, essa visão de zelo, conservação, e convivência de forma sustentável e harmoniosa com esse lugar tão rico biodiversidade, mas tão frágil, pelo fato dos seus habitantes ainda não terem aprendido de fato a lhe conhecer e amar, numa ética compreensiva do dinamismo das vidas deste lugar
 
               Diante dessa questão, sinto grande dificuldade para escolher apenas 03( três) práticas cotidianas locais, que influenciam nos problemas socioambientais globais e vice versa, pois, nós inconscientemente ou mesmo, alienados (as), achando que não tem nada a ver, porque considera-se que os recursos do planeta não se acabam, inclusive há educadores, e não é da Caatinga, é daqui mesmo de Natal, que pensam assim, e tem formar absurdas de agir com relação a natureza, chegando inclusive a cortar a árvore da sua calçada ou quintal, só por achar que folhas e fores murchas é lixo. Fico revoltada com educador insensível, porque , somos nós que em grande parte contribuímos para a educação ambiental das pessoas.
 
              Agora vou falar das atitudes diárias que, passam tão sutis, de forma que quase ninguém percebe seus prejuízos ao nosso mundo.
Bem, vivo uma filosofia ambientalista ( ainda com muitas dificuldades), mas tenho esse propósito, de a cada dia, diminuir o consumo das coisas que degradam o nosso planeta e contribuir para a sua morte Procuro dizer muitos nãos ao consumismo alienante capitalista.


- Racionalização da água
 
             nós por pura consciência, não lavamos a casa ( passamos apenas, o pano, isso só gasta um balde de água). Para lavar o carro, seguimos o mesmo processo ( com um balde de água, uma flanela, e pouco detergente, fazemos isso, e o carro fica brilhando, e dentro dele, usamos o aspirador de pó) Não lavamos calçadas, esperamos a chuva. Mas como criamos cães, aí, sim, lá a gente lava com frequência, mas porque é necessário. O que economizamos de água, aproveitamos para regar um lindo jardim, que nos dar ar fresco, despoluir o ar, embeleza o lugar. E ainda contribui para desenvolver a consciência ecológica de todos que chegam em nossa casa
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-  Dizemos não! A comilança diária de carne bovina
 
                Há (04) quatro anos nos livramos dessa prática, eu particularmente só como carnes brancas, e pouca, ( não sou carnívora), e os demais membros da casa, raramente compram carne vermelha. Tudo isso porque temos consciência de que o processo produtivo para a criação bovina ( gado para corte) gera grandes desmatamentos, e isso seca as fontes, bem como assoreia rios e lagoas, contribuindo para a seca. E essas áreas degradadas, vão passando por processos de desertificação do solo e se tornam improdutivas. E ainda vale lembrar, que não precisamos comer carne vermelha todo dia, porque o melhor para nosso organismo, será reduzir esse consumo, bem como, buscar outras fontes que podem substituírem as carnes.

- Uso pouco  detergente e desinfetantes
 
            Esse problema é grave, porque polui o lençol freático ( se cair só nas fossas), e se há rede de esgoto, sem estação de tratamento, ele vai direto para os córregos, lagoas, rios e mares, passando a envenenar e sufocar esses ecossistemas. Eu penso no Rio Tietê que recebe esse material, penso nos Rios de Recife, quase todos poluídos, parecendo esgotos a céu aberto, penso no rio da cidade de Encanto/RN, ( minha cidade adotiva) que já está poluído, penso No Rio Mossoró, tão lindo! Porém, poluído! E enfim, penso nosso Rio Potengi, que ainda se mantem vivo, mas sofre com mil formas de poluição, principalmente, essa dos esgotos. Domésticos, mas também, das casas de abates de animais, e principalmente dos viveiros de camarões, que agride o mangue e polui o Rio. 
 
             Mesmo sendo consciente de todos esses poluentes, sei que o simples detergente pode ser tão maléfico, quanto as demais  formas de agressões... E por isso, procuro me livrar de qualquer prática malvada contra a natureza. Mas não é fácil, pois todos os produtos de limpeza que normalmente compramos, são poluentes.
 
                 E sem ter como de fato fugir dessa situação, então eu procuro usá-los de forma bem racionada. E só onde realmente é preciso. Porque fui criada no campo, lá no Encanto/RN, e naquela época nosso rio não era poluído, era berçário de uma grande diversidade de vidas, mesmo apesar dele não ser perene, mas ficavam pequenos lagos que se mantinham até o próximo inverno. Ninguém lavava roupas dentro do rio, a não ser em períodos de cheias. E ainda vale ressaltar, que o sabão era bem diferente desses que usamos hoje, éramos nós mesmas quem os fazia, com frutos de oiticica, e outras plantas que não me lembro mais, bem como, também fazíamos com gorduras de animal.
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Maria de Fátima Alves de Carvalho / Poetisa da Caatinga- Ambientalista e defensora de GAIA
Natal /2011

OBS: Texto produzido e publicado em meu processo avaliativo no IFRN- no Curso de Pós - Graduação em Educação Ambiental e Geografia do Semiárido.

 
Maria de Fátima Alves de Carvalho
Enviado por Maria de Fátima Alves de Carvalho em 02/12/2011
Alterado em 21/09/2020
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