Fátima Alves-Alma sensível e Poetisa da Caatinga

Poesias e prosas(sentimentos à flor da pele)

Textos


A perda do meu Cão Camurim

Meu camurim, se foi pra sempre
Ah, meu amado amigo!
Amigo bicho! Bicho Humano...
Que me abraçava e me beijava de mansinho
Pois sentia que eu não gostava das suas lambidas
Aí, se esbanjava em todo tipo de estripolia
simplesmente pra me fazer feliz
E me fazia mesmo!
Porque te tenho um infinito amor
Um amor que só quem ama
Pode entender a dimensão
Da simplicidade do ato de amar
E por te amar tanto
Não esperava que a linha do seu tempo
Iria acabar hoje , assim de repente
Sem sequer, eu te dar um abraço
Aliás se eu soubesse
Teria implorado a Deus pra te deixar comigo
Mas tudo bem! Me coloco no lugar
De quem perde ente queridos de forma repentina
E isso diminui a minha dor
Mas não quer dizer que diminuia minha tristeza
Olha meu terno amigo
Na minha vida você foi quem mais me entendeu
E quem me amou incondicionalmente
Porque é assim o amor dos cães para seu dono
Mesmo não havendo reciprocidade
E aqui neste lar, você era um princípe cachorro
Um caozinho abandonado que um dia por acaso
Deus me deu de presente( tesouro de sentimentos)
Uma alegria contagiante que me deixava
Falando com você feito uma maluca
Mas nada de maluquice! Nos entendíamos
E eu lhe pedia pra você não morrer primeiro que eu
Porque eu iria sofrer demais...
Mas agora vejo, que se tivesse sido eu
Era você quem estaria afogado num oceano de tristeza
A me esperar um dia voltar...
E dessa forma seria pior, pois nunca permiti que você sofresse
Mas, você saiu pra ir no médico, pois havia
Piorado de um quadro patológico(infeccioso)
Que aparentemente não era tão grave
Porem, ficou internado e logo nos primeiros atendimentos
Seu coração parou!!!! E não houve volta!
É indiscritível a dor que estou sentindo
Deste o começo da tarde, quando o médico ligou aqui pra casa
Pra dizer que você, Meu cão preferido tinha morrido
Ainda bem, que não atendi o telefone
Ma quando meu marido disse: era o médico do cachorro
Eu logo perguntei! E camurim morreu?
Ele disse sim. Este sim arrebatou minha alegria
E não estou conseguindo mais parar de chorar
Doi demais!!! É muita falta deixada...
No quintal, o silêncio estar reinando
E você Camurim parecendo que vai chegar
E me chamar com seus latidos...
Latidos que aprendi a decifrar um a um
Ainda não acredito que você morreu
Pois só fazia uma semana que tinha adoecido
Mas no mesmo dia foi consultado e medicado
E como sempre, pensei que logo ficaria bom
Fato que não aconteceu....
E eu queria tanto comprender
Por que Deus tirou você de mim agora
Pra mim, voc ê ainda era novo
Nem tinha completado sete aninhos
Era a criança brincalhona que revirava tudo aqui em casa
Porque tinha certeza eu, sua mãe humana...
Só me encantava com suas bagunças
E Agora meu amigo , mais que amigo!!!
Como irei suportar este terrível silêncio
Só porque seus latidos constantes não estão mais aqui...
Ah, camurim! Pra mim, ainda não era o seu tempo...
Mas sei que era, pois a Deus pertence a existência de todo ser
Te amarei eternamente! Meu Vira-lata companheiro...
Seu coração ficou comigo!
E sei que também fui no seu...
Maria de Fátima Alves de Carvalho( poetisa da Caatinga)
Natal, 31/01/2011
Maria de Fátima Alves de Carvalho
Enviado por Maria de Fátima Alves de Carvalho em 31/01/2011
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.


Comentários

Site do Escritor criado por Recanto das Letras