Não sou apenas eu...
Sinto o que não quero sentir
Vejo o que não desejo ver
Capto o que nem sei se existe
Ando sem saber onde chegar
E se morro e pra alguém viver
Não sou apenas eu...
O meu eu é recheado de outros...
E muitas vidas foram trançadas
Para que me sentisse apenas eu
Mas um eu fundido nas tramas
Reais e simbólicas
Dos meus antepassados
Que pulsam em mim...
E que me fazem um ser único
Na grandeza do universo...
***
Maria de Fátima Alves de Carvalho / Poetisa da Caatinga
Natal, 13.10.2010
Foto de Emanoel Milhomens
Maria de Fátima Alves de Carvalho
Enviado por Maria de Fátima Alves de Carvalho em 13/10/2010
Alterado em 21/06/2020