Minhas flores poéticas murcharam

No canteiro do meu coração
As minhas flores poéticas murcharam,
As vezes elas ficam assim
Bem murchas!!!
Desbotadas e enfraquecidas
Sem forças pra bailarem no vento
Querendo apenas morrer...
Morrer pra não sentir nas suas pétalas
Tanta incompreensão
Tanta inveja
Tanta miséria
Tanta maldade
Tanta ignorância...
No meu canteiro
Onde moram minhas flores
Há adubo de qualidade
Água na medida certa
Sol o ano todo
E uma jardineira
Que ama e sente orgulho por cada flor
Mas mesmo assim, tem dias
Que o jardim se entristece
E fica sem beleza
Isso acontece toda vez
Que o clima humano
Onde vive o coração do jardim
Se desequilibra
Por falta de sensibilidade
Então esse coração que abriga
Flores poéticas
As vezes sensíveis feito flor de estufa
Sofre as conseqüências deste desequilíbrio
E murcha! Desfalece por completo...
Ficando a respirar apenas um fio frágil de vida
E quando fica desse jeito
Somente o Deus que lhe criou
Pode revitalizar novamente
O coração deste jardim
E trazer de volta seu florescer...
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Maria de Fátima Alves de Carvalho/Poetisa da Caatinga
Natal, 11.04.2010
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