Podemos encontrar a fonte da paz
Um viver de plena paz
Num mundo turbulento
Com tantos vendavais
É difícil de se conquistar
E não existe nenhuma receita
Que nos leve a tal plenitude
Porque cada pessoa
Ao constituir-se enquanto sujeito
É quem vai tecendo os fios das linhas
De diversas cores e estruturas
E com elas construindo e redirecionando
De forma consciente e inconsciente
Os caminhos e instrumentos
Do seu mundo interior
E mesmo esse mundo interior
Sendo completamente construído
Pela trama de tudo o que vivemos
Em nosso caminhar permanente
É possível encontrarmos a fonte da paz
Mas não sabemos de fato como lá chegamos
E quando chegamos
Logo sentimos a diferença
Tudo passa a ter um novo sentido
Qualquer detalhe da vida agora é percebido
E torna-se infinitamente
Relevante ou insignificante
Nada mais é como era antes
Nosso olhar e sentir são transformados
E descansam num mar de pura paz
Um mar onde a vida canta e dança
Num palco de águas cristalinas
Que refletem luz e emanam energias
E o nosso coração unido ao pensamento
Bate feliz rumo ao momento
Da passagem para um novo começo
Isso pra mim agora é real
Encontrei a fonte da paz
Nela me sacio constantemente
Sinto e vivo essa plenitude...
***
Maria de Fátima Alves de Carvalho
Poetisa da Caatinga
Natal,03.09.09
Maria de Fátima Alves de Carvalho
Enviado por Maria de Fátima Alves de Carvalho em 03/10/2009
Alterado em 21/09/2020