A semente de flamboiant
Uma vagem de flamboiat se abriu
E uma de suas sementes
Saltou e caiu meio tonta
Bem pertinho dos meus pés
Pobre semente! Muito assustada ficou!
Pois pensou que eu ia esmagá-la
Mas dessa vez, a semente se enganou
Eu estava ali meditando
E a vi cair no chão
Pra seguir seu caminhar
Então, por acaso...
E por sorte de nós duas
A recolhi daquele chão
Fiquei com ela na palma de minha mão
Olhei pra sua singeleza
Me sensibilizei...
Um simples grão...
Tão minúsculo!
Tão indefeso!
Porém, cheio de potencial...
Então pensei com a alma
Vou cuidar dessa semente
Esta será plantada perto de mim
E dependendo do meu amor
Sombra logo vai me dar
Flores e frutos também
É só saber esperar com paciência
Acredito nessa semente!
Lhes plantei na minha calçada
E vivo a cuidar e esperar
Pelo florescer vermelho
Do meu pé de flamboiant
Que ainda é pequenino...
***
Fátima Alves / Poetisa da Caatinga
Natal:16.09.209
Texto publicado no meu 4º livro "Letras de Caatingueira"
Foto de minha autoria
Maria de Fátima Alves de Carvalho
Enviado por Maria de Fátima Alves de Carvalho em 16/09/2009
Alterado em 21/06/2018