Minha roseira adormeceu...
Minha roseira, a primeira que vi
Aquela de onde desabrochei
E que poupava a água de seu corpo
Abrindo mão da sua formosura
Só para ver suas flores e frutos
Sobreviverem até o inverno chegar
Adormeceu em espírito...
E seu corpo pereceu
Mas igual as plantas da caatinga
Um dia renascerá... ou ressuscitará...
Nas sementes que seus frutos guardaram
Esperando que o vento ou os pássaros
Venham pegá-las
Para semearem pelo mundo...
E em cada semente semeada
Minha roseira nascerá de novo
Mas dessa vez,
Em lugares verdejantes
Onde não precisará
Se desfazer das suas folhas
Para economizar a água
Em benefício de suas flores e frutos
Seu jardim não será mais árido
E ela será tão frondosa
Que os pássaros migratórios
A escolherão
Para à sua sombra ficarem
E contemplarem sua beleza
Até voltarem à sua terra
Pois nela haverão flores e frutos em abundância
E Deus estará a proteger
Eternamente a alma de cada semente
***
Maria de Fátima Alves de Carvalho / Poetisa da Caatinga
Natal/ 09.09.09
“Presente para minha mãe Maria Jacira”
Maria de Fátima Alves de Carvalho
Enviado por Maria de Fátima Alves de Carvalho em 09/05/2009
Alterado em 01/08/2020