Saudades vindas com a brisa
Hoje, enquanto eu caminhava no jardim
Uma brisa suave veio e me abraçou
Soprando devagarzinho meus cabelos
Refrescando deliciosamente minha pele
Espalhando no ar um cheiro gostoso de sentir
E trouxe pra mim lembranças suas
Ao enfeitar o chão com lindos tapetes
Formados por pétalas vermelhas de flamboiant
Aí, ao sentir cada emoção desencadeada
Pelo toque daquela suave e singela brisa
De repente! Lembrei-me de você...
E brotou bem na alma do meu coração
Uma doce e linda saudade...
Que veio em imagens, com cores desbotadas
E em lágrimas de amor transformou-se
Formando pequeninas e reluzentes
Flores de cristais coloridos
Mas a brisa, ao passar pelas flores de cristais
Que enfeitavam o meu frágil coração
Percebeu em meu semblante a saudade
Então me acariciou... e de ti pra mim falou
E essa danada e leve brisa
Que sempre foi minha amiga
Querendo apenas me proteger
Havia me escondido...
Que você tem outro amor
E resolveu então contar-me
Pra acabar minha saudade
Ao tomar conhecimento
Desse amor que não é meu
Em pensamento mandei
Mensagens de amor pra você
Escritas em brancas pétalas macias
Dos jasmins que tanto amo
Plantados em meu jardim
Pra seus olhos se alegrarem
E nelas, simplesmente lhe disse
Que por amor... entendi suas razões
E em pouco tempo... deste meu tempo
Passou o tempo dessa saudade
E o meu coração se acalmou...
***
Maria de Fátima Alves de Carvalho
Poetisa da Caatinga
Natal, 29.12.2008
Obs: texto fictício
Maria de Fátima Alves de Carvalho
Enviado por Maria de Fátima Alves de Carvalho em 30/12/2008
Alterado em 23/04/2020