Desabrochar e batismo de uma Flor poeta
Nesses dias conheci uma amiga de alma, uma poeta, que ainda muito tímida em relação aos seus textos, tinha medo de mostrá-los a alguém. E estava vivendo dividida entre o desejo de assumir-se poeta e a angústia de enfrentar as críticas do público.
Mas as leis do universo tinham planejado o nosso encontro... e nesse dia, eu, poeta como ela, uma simples criatura apaixonada pela criação divina, mas que enquanto flor poeta, tinha acabado de desabrochar, no entanto, Deus havia me escolhido para ser um ponto de luz, que a conduziria a primeira porta oficial do mundo Mágico da poesia. E assim, aconteceu...
Ao entrar numa papelaria, que freqüento quase que diariamente, fui apresentada para esta poeta, que logo me pediu pra olhar seus textos, pois uma amiga minha, que agora também a tinha conhecido, fez referências sobre mim enquanto poeta. E por esta singela referência, acendeu-se nela mais uma luz, que pela qual, “a flor poeta”, que estava sempre se encolhendo, com medo de desabrochar, de repente sentiu forças em suas pétalas e agora queria exalar seu perfume para o vento ir levando e espalhando pelo mundo. Fui muito belo, o desabrochar lentamente dessa flor poeta. E quem presenciou, se emocionou ao sentir os sentimentos por ela sentidos e retratados nos mais puros versos, enfeitados com os cristais de suas doces lágrimas, que com certeza, eram gotas de alegria misturadas com o prazer da magia.
Mediante este cenário, nós duas parecíamos duas velhas amigas, um fato difícil de ser compreendido, pois havíamos acabado de nos conhecermos e entretanto, já nos sentíamos confiantes na semente da amizade que o divino e soberano Deus há muito tempo, havia plantado para nós e que agora, tinha chegado o momento do seu nascimento. E uma vez que a planta nasceu, ele nos entregou e nos pediu que daí por diante, cuidássemos dela com amor e carinho, porque em pouco tempo, seus frutos seriam abundantes. E a partir daquele momento, a flor poeta, estimulada e encorajada pela sensibilidade da luz da outra flor, escolheu os seus mais belos versos e juntas os batizaram e docemente os entregaram aos cuidados do vento. E de hoje em diante, o vento que nunca para, irá espalhá-los pela terra... através da magia contida em suas suaves brisas. E foi assim, quem Deus batizou e eternizou mais uma flor poeta.
***
Maria de Fátima Alves de Carvalho/Poetisa da Caatinga
Natal, 19.12.08
Dedicado a Poeta Cleane Pinto
Maria de Fátima Alves de Carvalho
Enviado por Maria de Fátima Alves de Carvalho em 19/12/2008
Alterado em 16/08/2020