Quando volto à minha terra
Ao avistar a minha Terra
A felicidade vem me encontrar
E de braços abertos ela me leva
Pro coração do meu lugar
Tomada pelas suas mãos
Me transformo... e me transporto
Pra todo canto a me encantar
E lá estando...
Fico leve como as aves que voam
Me sinto eterna sabendo ser finita
Vejo-me bela igual a cada flor
A enfeitar o mundo por amor
É dessa forma que fica a minha alma
Quando visito o lugar onde nasci
Pois meu coração se alegra tanto
Que parece querer ficar
Voando livre naquelas serras
E não sei como explicar
Mas em mim mora o desejo
De naquele paraíso
A minha alma lá deixar
Caminhando por minha terra
Todo o meu ser em Deus se regozija
Sou tomada por um turbilhão de emoções
E as energias que consigo captar
Me trazem um bem estar tão profundo
Que fica difícil a minha despedida
Dessa terra que ainda mora em mim
Mas devagar vou descendo a serra
E em cada curva daquela estrada
Deixo o amor do meu coração
Pra todo dia ir cultivar
Todas as flores que lá reinarem...
***
Maria de Fátima Alves de Carvalho - Poetisa da Caatinga
Natal, 05.10.2008
Texto publicado no meu livro "Retratos Sentimentais da Vida na Caatinga" - Edição do autor - 2010
Foto de minha autoria
Maria de Fátima Alves de Carvalho
Enviado por Maria de Fátima Alves de Carvalho em 05/10/2008
Alterado em 16/08/2020