Meu diario foi a areia e a terra ...
Nunca tive um diário especial, desses que toda adolescente dos tempos modernos costuma ter. No meu tempo, eu tinha caderninhos pra escrever pensamentos bobos, aqueles que a gente gosta e copia dos outros. Meu diário amigo, era a areia do rio ou a terra do terreiro, onde costumávamos brincar, pois lá eu escrevia meus segredos e meu pensar livre das algemas sociais ...Logo em seguida, apagava tudo e entregava ao vento, os meus mais ternos desejos e conflitos...E dessa forma, meu sentir após virar letras, voava pra outros mundos, mundos que eu nem se quer sonhava...Sendo assim, considero que a pele da mãe terra, ou seja, o chão, foi meu único diario. E também, meu primeiro livro...
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Fátima Alves/ Poetisa da Caatinga
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