Fátima Alves-Alma sensível e Poetisa da Caatinga

Poesias e prosas(sentimentos à flor da pele)

Textos


Socorre-me Meu Deus Jeová! Leva-me!

Senhor Deus Jeová e meu soberano Pai
No meu viver da mocidade
Me fizestes passar amargamente
Por todo tipo de sofrimento e tormentas
E não foi somente a mim
Que fizestes passar por tanto sofrimento
Toda a minha família passou também
E apenas metade dela sobreviveu
É triste... Mas é real.
Eu vi vários dos meus irmãos morrerem
Com uma vela nas mãos
Até seu último suspiro rumo a eternidade...
Mas tu me fizestes ficar!
Lembro do meu sarampo aos 10 anos de idade
Onde fiquei muito mal, em relação aos meus irmãos
Mas dessa doença ninguém morreu,
Nessa época éramos 05 (cinco)
Quem ficou em estado grave fui eu
E lembro-me que as pessoas
Passavam a noite lá em casa
Me balançando e abanando
Porque o sarampo me deixou asmática
E só pele osso!
Todos me olhavam piedosamente e acho
Que acreditavam que meu caso não ia ter jeito
Um dia eu escutei minha Mãe dizer:
Minha filha já estar parecendo com a imagem de Cristo
Lembro que me sentia tão sem forças e sem ar
Que não andava e nem falava
Apenas respirava de forma barulhenta
E com muitas dificuldades...
Mas o Senhor Deus aos poucos foi me devolvendo
Minha vitalidade dia a dia
E ainda em pele e osso me levantei
Poucos meses depois aprendi a ler
E ler com fluência!
Fiquei sendo a estrela mais brilhante
Da minha família
Porque eu era a única que sabia ler tudo
E para resumir ...
Nossa família sofreu demais
Mas chegou uma época
Em que aos poucos fomos melhorando
E todos os sobreviventes venceram
De forma gloriosa por resgate de Deus
A mim! Deus concedeu todos os meus desejos
E ainda acrescentou muitas coisas
Que nunca pensei em ter...
A nossa família aprendeu a pagar o mal com o bem
E isso é coisa completamente divina!
Na minha família sou uma espécie de coluna forte
Ou até mesmo âncora!
Mas há vários anos me chegaram tormentas
E eu sofria calada e sufocada
Até o dia em que resolvi escrever
Parcialmente meu sofrimento
Porque tem muitas coisas que por sabedoria
Não devo escrever...
Me veio depressão, há mais de três anos
E eu até já aprendi conviver com as crises
Mas agora me veio também síndrome do pânico
E com esse mal, ainda não sei conviver
Porque as crises chegam do nada
E me parece que vou ter um enfarto
A minha vida estar literalmente acabada
Já vou me aposentar por invalidez
Após 28 anos de trabalho de educadora
Isso, porque não tenho a idade limite...
Não entendo essa aberração de lei
E Me revolto!!!
Eu trabalhei todo esse tempo com minha alma
Minha ALMA ARTISTA!
Pois não sou apenas poetisa
Me atrevo a adentrar
Em várias expressões artísticas
Como as danças populares
Contação de histórias
Artes plásticas dentre outras
Agora depois de conhecer a miséria e a bonança
DEUS me coloca para passar por inúmeras provações
Nada me tirou! Continua me abençoando!
E por isso sou perseguida e invejada
Pela minha inteligência...
Pelo meu sucesso ( coisa pequena)
Pois não ligo para sucesso
Mas luto por causas coletivas
E justiça  para quem sofre o que sofro
Sou mansa e nada sei revidar
Então por tudo isso
Vivo com depressão e síndrome do pânico
Agora vivencio os rótulos das doeças mentais
E por suportar os rótulos da depressão
Estou morrendo... E querendo morrer!
Eu conheço a palavra de Deus!
Ele é pai misericordioso!
EU sou apenas pecadora...
Se sofro por  tristeza é porque Deus permite
Todos nós sentimos isso...
Inclusive todos os discípulos de Cristo
Até ele mesmo! SIM!!! Cristo sentiu trirteza
Se izolou no deserto!
Sendo assim eu como humana
Haverei de ter sempre pedras nos meus caminhos
Mas Deus  vive me ensinando a desviá-las.
Então Meu pai! Minha vida é tua!
E se for para de agora em diante
Eu sofrer até a morte
Irei sempre te agradecer e louvar
Por tuas infinitas graças sobre a minha família
E sempre haverei de reconhecer
Minhas faltas e fraquezas perante ti
Faz de mim o que quiser!
E me dar forças para suportar...
O que eu encontrar nessa caminhada.
Fátima Alves/Poetisa da Caatinga
Natal/11.07.2012


 
Maria de Fátima Alves de Carvalho
Enviado por Maria de Fátima Alves de Carvalho em 11/07/2012
Alterado em 12/02/2020
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